Atuação nos gêneros cinematográficos: jogos e registros

Oficina teórica e prática com Clarisse Zarvos

Neste laboratório, iremos exercitar o trabalho da atuação tendo como disparadores alguns gêneros cinematográficos recorrentes nas produções brasileiras. 


Ao longo dos encontros, vamos assistir trechos de cenas de comédia, melodrama e suspense/terror, oriundos tanto do “cinema autoral” quanto do “cinema comercial”, incluindo filmes que trabalham com não-atores. A partir da observação das cenas, serão ressaltados variados códigos, ritmos e intensidades no trabalho dos intérpretes, e propostos jogos de atuação que colocam em prática demandas de atuação dedicadas a cada gênero.


A intenção não é chegar a uma definição vedada do que constitui cada gênero, nem criar uma receita de atuação para cada caso. Antes, a oficina tem como objetivo explorar as diferentes possibilidades de interpretação em cinema tendo os gêneros cinematográficos como instigadores de experimentação. Além dos exercícios práticos em aula, cada participante realizará uma cena, a ser exibida para a turma ao final do curso. Oficina aberta para atores, diretores, críticos e roteiristas.

6 a 15 de dezembro - segundas, quartas e sextas, das 10h às 13h (horário de Brasília)

Carga horária: 15h (5 aulas x 3h)

Valor: R$300,00

Vagas: 14 + 1 bolsa

Curso online através da plataforma Zoom. Caso algum aluno perca a aula ao vivo, será disponibilizada a gravação da mesma no dia seguinte.

Inscrições encerradas

Público-alvo:

Atores, diretores, críticos, roteiristas e demais interessados em pesquisar sobre atuação ou sobre gêneros cinematográficos. 

Ementa:

Aula 1 - Introdução ao curso.


Relações entre gêneros cinematográficos e registros de atuação. O que os diferentes gêneros cinematográficos demandam de cada ator? Abordagens díspares de atuação dentro de um mesmo gênero cinematográfico. Hibridismos de gêneros cinematográficos. Apresentação do método de rasaboxes. 

Exibição de 4 cenas que tensionam os códigos de gênero, seguida de discussão sobre suas diferenças e semelhanças. Jogos de atuação, com ênfase na questão do olhar. 



Aulas 2 - Melodrama: monólogo interno e intensidade.


Atuação e não atuação: É possível não atuar? O trabalho de atores e não-atores: O que a estética da não atuação pode oferecer para o ator profissional? E o que a técnica dos profissionais pode auxiliar no trabalho com não atores? 

Exibição de 2 cenas de filmes que flertam com os códigos do melodrama. Exercícios de monólogo interno e intensidade.



Aulas 3 - Suspense/terror: tensão e relaxamento.


Exercícios práticos de tensão e relaxamento, dando continuidade ao trabalho com a ideia de monólogo interno. Exibição e discussão de 2 cenas de filmes de suspense/terror.

 


Aula 4: Comédia: ritmo e precisão.


Exercícios práticos de ritmo e precisão, pertinentes às demandas de comicidade do gênero. Exibição e discussão de 2 exemplos de filmes de comédia.



Aula 5: Apresentações e encerramento do curso.


Observação das cenas filmadas pelos alunos. Retomada da discussão sobre as fronteiras e interseções entre gêneros, e como cada gênero pode influenciar o outro.

Professora:

Clarisse Zarvos é atriz, professora de atuação e preparadora de elenco. Foi preparadora dos filmes "Medusa" (dir. Anita Rocha da Silveira), selecionado para a Quinzena dos Realizadores de Cannes, e "Não me prometa nada" (dir. Eva Randolph). 

Durante seu Doutorado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, na PUC-Rio, deu aulas nos cursos de Artes Cênicas e Letras. Diretora do curta "Dança Fantasma", selecionado para o X Athens Video Dance Project. Artista laureada pelo programa Trame (2021) da Cité des Arts de Paris. 

Assistente de direção de diversas peças de teatro. Atriz e co-autora da peça "Há mais futuro que passado"(dir. Daniele Ávila Small), que inspirou a adaptação do longa-metragem "Ana", de Lúcia Murat. 

Bibliografia e filmografia:


Filmografia: